Honduras e a senvergonhice da ONU
.
Estive discutindo até ha pouco sobre a situação em Honduras. Desde o estado da nação Hondurenha até a situação dentro da embaixada brasileira. A situação está deploravel, péssima mesmo em todos os sentidos. E pior ... está deteriorando muito rapidamente! Deteriorando para uma calamidade, especialmente para os que estão dentro da embaixada como se fossem animais em uma jaula suja.
Sobre a condição social do país estã um caos geral. A única ordem está nos dois campos organizados: dos golpistas com todo o aparato militar, logistico, de conforto e alimentar. Do outro aldo a resistencia com uma organização em faze bem adiantada, mas em precaríssimas condições especialmente alimentar e a economica que está se deteriorando drasticamente.
Sobre o aparato governamental, os golpistas, por se aferrarem ao poder à força, estão destruindo toda a base legal e de ordem social, rendendo Honduras às forças que a controlam por pouquissimos interesses mas extremamente poderosos e que vem de fora. Porque sem esses interesses não havia como manter o golpe de estado e a repressão social. A constitucionalidade já foi pelos ares ha muito tempo assim como qualquer sombra de legalidade. O país está pendurado por um fiapo e esse é a suspensão por decreto dos direitos constitucionais. O país está em estado de sítio.
Essa situação, meus colegas de comunidade, por ser patética, é um tapa na cara da ONU.
Estou absolutamente sem palavras para classificar o papel da ONU nesse episódio que já ultrapassou do ridículo e já entrou na lista das afrontas mais graves contra o estado de direito. E é por isso que eu venho a quastionar a serventia desse corpo de nações. A ineficácia, a pouca vergonha, a ignomínia de muitos que fazem parte dessa organização é demais para ser aceita. O resultado vemos na inércia diante desa barbaridade em Honduras.
Aonde está a dignidade da ONU ???
Para que serve a ONU a não ser de palco para "photo op" quando se convocam as Assembléias anuais? Fica a impressão que a ONU não move um palito porque ficou anestesiada pelo orgulho falso da última Asssembleia. mas não é de surpreender porque a modernidade vive das aparencias em vez de substancia. A ONU então vide do que parece justo, mas mesmo assim apenas quando convem aos interesses das potencias economicas. Fica a impressão de que nada foi dito e exigido no discurso de todos os Presidentes sulamericanos exeto um, o fantoche da Colombia.
É de pasmar que depois de tantas experiencias e em pleno seculo XXI essa organização ainda aja dessa maneira.
A conclusão a que chegamos é que atiraram para cima do Brasil a responsabilidade de resolver um impasse que cai redondamente sobre a ONU na garantia de todos direitos envolvidos nessa situação em Honduras. Sim, porque a situação já chegou a um nivel tal de deterioração que apenas o uso da força está sendo exigido para garantir os direitos de quem os tem por força da justiça! Se essa falha, nos parece que a ONU está esperando que o Brasil produza uma terceira via que não a força bruta. Impossível !!! Porque inocentes estão perecendo e mais iriam perecer. Exatamente como acontece em outras partes do mundo como no Afaganistão com essa escalada de forças militares que estão forçando.
A conclusão desse quadro é extremamente simples de ser depurado: nesse mundo permite-se que seres humanos em países menores sejam sacrificados estúpidamente para satisfazer o jogo de poderes dos mais fortes. Está acontecendo em Honduras e está acontecendo no Afaganistão da mesma forma como aconteceu no Iraque recentemente: a escalada militar para criação de conflitos com o único proposito de aumentar a produção bélica e assim fomentar o crescimento economico das potencias em recessão. Que por sua vez valida o poder das instituições financeiras que nada produzem.
Mas a ONU sabe muito bem que o Brasil não tem nem a vocação nem o histórico para o uso da força na resolução de problemas que devem e podem ser resolvidos pelo diálogo e pela negociação pacífica.
Logo, essa postura de inércia da ONU é absolutamente vergonhosa. Simplesmente não há como classificarmos essa inércia consciente senão de conivencia com aqueles que impedem o estado de direito e inviabilizam a conduta correta por manietarem a mão da justiça.
Diante dessas circunstancias ficamos todos a mercê da politicagem barata dos interesses financeiros acima dos interesses da justiça nas nações que em pelo menos algumas instancias deveriam depender da Desorganização das Nações mais ou menos Unidas, porque essa depende da vontade de alguns membros na aplicação daquilo que deveria ser regra geral.
O Brasil então não tem saída diante dessa situação. Não quer o uso da força mas não tem como garantir as mínimas condições de manutenção da sua embaixada porque a ONU se omite vergonhosamente por viver das aparencias.
A única saída que contemplemos é pela pressão que o MRE deve fazer junto à ONU para que tire a venda dos olhos e tome vergonha. E que o MRE não se sinta constrangido nessa tarefa de resgate da dignidade por não querer sensibilizar a ignomínia dessa gentalha na governança que em futuro não muito distante deverá decidir sobre quem serão os novos membros do Conselho de Segurança.
Marcos Rebello/ Fernanda Tardin e todos colaboradores que querem não apenas EXISTIR, mas VIVER
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário