Nota Política do PCB
Golpistas: respeitem a Embaixada brasileira!
Pela imediata suspensão do estado de sítio em Honduras e a volta de Zelaya à Presidência!
Desde o primeiro dia do golpe de Estado em Honduras, o PCB manifestou seu mais enérgico repúdio à deposição de Manuel Zelaya e conclamou as forças políticas democráticas, progressistas e antiimperialistas a cerrarem fileiras na irrestrita solidariedade à luta do povo hondurenho pela volta do legítimo Presidente ao governo.
Conseqüente com esta determinação, o PCB ajudou a organizar uma delegação brasileira que foi a Honduras expressar o apoio à heróica resistência popular naquele país, da qual participou o Secretário Geral do nosso Partido.
A
solidariedade brasileira ao povo hondurenho e a seu Presidente constitucional agora tem que ser redobrada. Foi exatamente a Embaixada brasileira que o acolheu em sua legítima volta à sua terra, para exercer o mandato outorgado por seu povo. Em desrespeito a todas as normas internacionais, nossa Embaixada em Tegucigalpa e as pessoas que lá se encontram vêm sendo alvo de todo tipo de brutalidade por parte do governo golpista.
Agora, o governo golpista, ao suspender as garantias constitucionais e proibir manifestações políticas em Honduras, revelou seu caráter fascista, merecendo o repúdio de todos os povos do mundo.
No auge de sua arrogância e provocação, o governo golpista desta vez chegou ao cúmulo de dar um “ultimato” ao governo brasileiro, dando-lhe um prazo para declarar Zelaya como exilado político (e não como Presidente) ou entregá-lo para ser preso, a pretexto de responder a processos engendrados apenas para justificar o golpe.
O PCB, em que pese se posicionar em oposição ao governo brasileiro, não pode deixar de se solidarizar com nosso Presidente da República e com seu Ministro de Relações Exteriores que – por agirem com firmeza em relação ao correto acolhimento de Zelaya em nossa representação diplomática – vêm sendo vítimas de infame campanha orquestrada pela mídia burguesa e pelos capachos do imperialismo norte-americano, alguns deles, aliás, da própria base de sustentação do governo.
Esta campanha de manipulação contra Zelaya e o governo brasileiro põe por terra qualquer dúvida sobre a responsabilidade do imperialismo antes, durante e depois do golpe. São seus meios de comunicação e agentes que a vêm promovendo.
O Comitê Central do PCB orienta sua militância e propõe a seus amigos, simpatizantes e aliados que contribuam, em todo o Brasil, para que se organizem as mais amplas e unitárias ações políticas e manifestações populares pela imediata suspensão do estado de sítio, pela cessação das provocações contra nossa Embaixada e pela imediata volta de Zelaya ao exercício de seu mandato, que deve ser acrescido de cada um dos dias que os golpistas lhe usurparam.
O governo brasileiro deve exigir da OEA e da ONU (tão eficiente e rápida quando se trata de ocupar o Haiti para legitimar um golpe de Estado) o envio imediato de uma Força de Paz Internacional a Honduras, para garantir a volta do Presidente Zelaya ao governo e a retomada das garantias constitucionais no país.
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
Rio, 27 de setembro de 2009
Enviado por Ivan Pinheiro
-------------------------------------------------------------------------------
DECLARAÇÃO PT- Corrente o TRABALHO
Declaração da 4ª Internacional sobre os acontecimentos de Honduras
ABAIXO A DITADURA GOLPISTA!
ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE!
Madrugada de 22 de setembro: mais de mil policiais e militares, segundo testemunhos, se lançam com tiros de fusil e bombas de gás contra 5 mil pessoas que se postaram em frente à embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, para proteger o presidente Manuel Zelaya que decidiu regressar a Honduras para fazer valer o direito de terminar o mandato presidencial para o qual foi eleito pela população.
Desde o momento em que Manuel Zelaya, presidente legítimo, voltou, a luta do povo hondurenho contra os golpistas tomou fôlego. Apesar da reação assassina do governo de Micheletti que ataca o povo, que prende, fere e mata, e que não duvida em agredir a Embaixada do Brasil onde Zelaya se refugiou, a movilização popular, inclusive utilizando barricadas, convocada pela Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, se estendeu obrigando o regime a levantar o toque de recolher.
A ditadura que realizou o golpe contra Zelaya em 28 de junho passado, com o apoio dos comandantes do Exército hondurenho, dos partidos da oligarquia e, por trás deles, do embaixador norteamericano, busca manter-se no poder à custa de sangue e contra a vontade de todo um povo. Mas a realidade é que 7 dias antes do regresso de Zelaya, no dia da comemoração da “Festa Pátria”, o governo de Micheletti mostrou seu total isolamento da população.
Em 15 de setembro 500 mil trabalhadoras, trabalhadores, jovens, habitantes dos bairros pobres desfilaram ao chamado da FRENTE NACIONAL CONTRA O GOLPE DE ESTADO para comemorar a primeira independência deste país (1821) e para assinalar que estão por uma segunda independência, expressa na luta pela ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE para impor instituições democráticas, para defender la soberania nacional. No mesmo dia o governo golpista só pode reunir 4 mil pessoas, fechadas num estádio de futebol, protegidas pelo Exército, muitas delas obrigadas sob pena de represálias no trabalho.
O povo hondurenho sentiu o regresso de Zelaya como uma conquista de um movimento que já dura 88 dias, com manifestações diárias, a maior parte das vezes ignoradas pela imprensa internacional interessada em promover o Plano Arias-Clinton, que significa o regresso pactado de um presidente sem poderes para “validar” eleições ilegítimas desde a origem, no mes de novembro.
O movimento ininterrupto das massas hondurenhas, como se vê nas ruas e se expressa nas declarações da Frente Nacional Contra o Golpe, busca o retorno de Zelaya à presidência para concretizar a convocação da Constituinte, e a punição dos culpados da repressão e do assassinato de populares.
Hoje, a sorte do povo hondurenho é a sorte dos povos da América Central, do continente inteiro e do mundo. É a luta pelo direito dos povos a decidir sobre seu próprio destino e a exercer sua soberania, por uma União libre de Nações Soberanas em estreita colaboração com os explorados e oprimidos dos Estados Unidos.
Deter a escalada repressiva contra o povo de Honduras é, ao mesmo tempo, enfrentar a ofensiva do governo dos EUA que hoje instala bases militares na Colômbia para ajudar as oligarquias locais a continuarem jogando seu papel de administradoras das grandes multinacionais, para derrotar o processo de resistência de todos os povos trabalhadores do continente e fazê-los pagar bilhões de dólares pelo custo da brutal crise do sistema capitalista.
A 4ª Internacional se pronuncia pelo mais amplo apoio em solidariedade ao povo hondurenho e participa, com suas seções no continente e no mundo, em todas as ações de frente única com as organizações de trabalhadores e organizações que se pronunciam pela defesa da soberania dos povos, contra a repressão, pela democracia, para realizar mobilizações e pronunciamentos em apoio ao povo de Honduras.
A 4ª Internacional diz:< /span>
• Abaixo a ditadura golpista!
• Libertação dos presos políticos, fim da repressão! Punição aos culpados!
• Zelaya Presidente, de forma imediata e incondicional!
• Assembléia Constituinte!
24.09.2009
-------------
CONTATOS NO BRASIL
Corrente O Trabalho do PT,
seção brasileira da 4ª Internacional
Página na internet: www.jornalotrabalho.com.br
E-mail: redacao@jornalotrabalho.com.br
Enviado Por Luiz Becker
Nenhum comentário:
Postar um comentário