terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Repudiamos aos que reconhecerem as eleições fraudadas em Honduras

Compas,

Duas reportagens (seguem abaixo), deve nos colocar em alerta e URGE uma carta manifestação assinada por todos os membros da luta bolivariana e Humana, pois o reconhecimento dessa eleição por qq que seja o país, PRINCIPALMENTE O BRASIL, é nos colocar vulneraveis a outras ditaduras e golpes e um retrocesso diante do avanço de libertação imperial de NUESTRA AMERICA.
Reconhecer os dados "oficiais" do TSE hondurenho é desqualificar a todas as instituições hondurenhas e internacionais que acompanharam a "eleição", registrando-a em vídeos e fotos. É desprezar os DESAPARECIDOS , TORTURADOS e MORTOS . É reverendar uma mídia aliada ao império, inclusive documentos firmados entre o governo golpista e uma agencia de Marketing dos USA ( que apoia e sustenta outros governos ditatoriais e trabalha para BUSH). E para o Brasil, reconhecer esses dados fraudados do TSE hondurenho, fraude retratado nas inumeras denuncias : contagem a portas fechadas, eleitores da fronteira ( de outro país) votando em nome de ausentes, prorrogação de prazo de votação, notas ameaçadoras para os que não comparecessem ao pleito , o TSE reunido junto a presença do embaixador norte americano ( o golpista da Venezuela e agora de Honduras), a denuncia da briga que envolveu o observador ex-presidente de El Salvador Calderón Solhttp://hondurasurgente.blogspot.com/2009/11/agresion-em-el-tre-testemunha-uma.html.

TODOS JUNTOS DEVENOS NOS MANIFESTAR. ISSO É VERGONHOSO.
TODOS OS LINKS do BLOG HONDURAS URGENTE mostram reportagens feitas por BLOGS e JORNAIS latinos, documentos e denuncias de instituições Hondurenhas e da Resistencia.
A AI ontem , abre processo cobrando aos golpistas que se manifestassem explicativamente sobre os tiroteios e bombas soltadas contra manifestantes no dia das eleições. Se as eleições foram consideradas ilegais pela ONU, OEA... como que um país pode achar que deve apoiar o candidato ( GOLPISTA, OPORTUNISTA) que concorreu ao pleito ilegal , ganhando ou perdendo?

Pq. Considerar os dados desse TSE, a partir da certeza de fraude comprovada por fotos, videos e testemunhos e desprezar os dados de instituições internacionais de DH, que estavam em Honduras para garantir a vida dos detidos?

Ser´pa que o Brasil , que tem como presidente do STF GILMAR MENDES, validará o massacre ao POVO Hondurenho?


E qq gestor , incluindo Marco Aurelio Garcia, ex-preso político, que acatar as "informações oficiais", deve ter gostado de levar CACETada no DOPS DOI COD, desqualificando um momento ímpar na política externa brasileira, em tudo e por tudo, tendo à frente um dos maiores chanceleres de nossa História, o ministro Celso Amorim, cuja dignidade, competência e brasilidade/latina, estão acima de qualquer dúvida.


Brasil pode reconsiderar postura em relação a Honduras
Seg, 30 Nov, 06h33
Estoril (Portugal), 30 nov (EFE).- O Governo brasileiro disse hoje que alguns "gestos" do presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, e a taxa real de participação no pleito deste domingo no país podem levar a "mudanças" na postura de considerar o processo como "ilegítimo".
"Se o Brasil considerar que tem que mudar de posição, mudará de posição", declarou o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a um grupo de jornalistas.
Garcia, que está na 19º Cúpula Ibero-Americana, no Estoril (Portugal), explicou que diversos elementos devem ser examinados, entre eles a participação popular nas eleições hondurenhas, de 61% segundo os números mais recentes divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral de Honduras.
"Esse primeiro elemento é essencial, porque vai influenciar a taxa de legitimidade da eleição", disse o assessor.
Segundo Garcia, também será importante "saber se o senhor Porfirio Lobo se dirigirá ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA)" e se vai considerá-la como "uma interlocutora legítima, ao contrário do que fez o Governo golpista".
Para o assessor da Presidência, "esses sinais permitiriam ir avaliando a situação e decidir os próximos passos", embora, em sua opinião, tudo deva ser debatido no marco da OEA.
Além disso, Garcia falou que, para considerar Lobo como um "interlocutor legítimo", deverá haver "gestos na direção de uma solução democrática e legítima para o problema hondurenho".
No entanto, destacou que "neste momento, os gestos teriam que ser muito poderosos, para superar o fato de que as eleições são ilegítimas".
O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que isso signifique que o Brasil reviu sua posição inicial, que foi de absoluta condenação ao golpe de Estado que derrubou Manuel Zelaya em junho passado e também de não reconhecimento do processo eleitoral.
"Por um lado, consideramos a eleição ilegítima, mas se houvesse uma fortíssima participação popular, também não poderíamos ser indiferentes a esse fato político", apontou Garcia, para quem o Brasil não é e nem pretende ser "o juiz da situação hondurenha".
Sobre a possibilidade de que a Cúpula Ibero-Americana adote uma declaração especial sobre a crise de Honduras, disse estar "quase convencido" de que haverá uma solução de consenso, que "deixe de fora alguns problemas, mas recolha a condenação ao golpe".
Segundo Garcia, as diferenças entre os países ibero-americanos não são em relação ao golpe de Estado, que foi condenado por todos, mas quanto aos "caminhos a seguir rumo ao futuro" após as eleições deste domingo.
O assessor inclusive comentou que a restituição do presidente Zelaya no poder, que foi um ponto indispensável para muitos dos países ibero-americanos, poderia deixar de ser uma condição.
"Quem deverá decidir isso é o próprio presidente Zelaya", disse.
Garcia também respondeu às declarações do presidente da Costa Rica, Óscar Arias, que criticou hoje a "dupla moral" de países que, como o Brasil, reconheceram o resultado das eleições no Irã e não o fizeram com Honduras.
"É uma comparação absolutamente improcedente", porque as eleições iranianas foram convocadas por um Governo legítimo e, no caso de Honduras, quem o fez foi "um regime golpista", afirmou Garcia. EFE





Mundo | 30.11.2009
Eleições de Honduras dividem comunidade internacional

Porfirio Lobo (d) conseguirá convencer países
latino-americanos?

Vitória de Porfirio Lobo nas eleições presidenciais de Honduras se tornou motivo de dissenso internacional. Liderados pelo Brasil, governos latino-americanos se recusam em sua maioria a reconhecer eleições hondurenhas.
Cinco meses após o golpe de Estado que destituiu o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, o candidato do opositor Partido Nacional, Porfirio Lobo, venceu as eleições presidenciais de Honduras, realizadas neste domingo (29/11).
O Tribunal Superior Eleitoral do país informou, nesta segunda-feira (30/11), que o deputado do partido conservador teria recebido mais da metade dos votos apurados. O rival do Partido Liberal, Elvin Santos, conquistou por volta de 38%. Lobo, um empresário agrícola de 61 anos, assumirá oficialmente o poder em 27 de janeiro próximo.
No entanto, ele deverá começar a trabalhar já nesta semana para convencer os governos que rejeitam uma eleição tutelada pelo governo de fato de Roberto Micheletti. O presidente interino ocupou a presidência hondurenha após a expulsão de Zelaya para Costa Rica, em junho último, e seu posterior retorno a Honduras, onde recebeu refúgio na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Defesores e opositores
Após a vitória de Porfirio Lobo, as eleições em Honduras passaram a ser motivo de dissenso internacional. Enquanto Estados Unidos, União Europeia (UE) e alguns países latino-americanos saúdam o resultado e o transcorrer pacífico do pleito, a maioria dos governos do subcontinente – reunidos em Portugal a partir desta segunda-feira na 19ª Cúpula Ibero-Americana – disse que não irá reconhecer as eleições organizadas por um governo ilegítimo.

Lula com o rei espanhol, Juan Carlos, e o premiê José Luiz
Zapatero, em Estoril

Entre os países do continente americano favoráveis ao processo eleitoral e dispostos a reconhecer o novo chefe de Estado hondurenho estão Estados Unidos, Peru, Panamá, Costa Rica e Colômbia. Do lado dos opositores estão Brasil, Argentina, Nicarágua, Equador, Bolívia, Paraguai, Uruguai, El Salvador e Guatemala.
Após sua chegada a Lisboa, no domingo, o presidente Lula afirmou, num aparente braço-de-ferro com Washington: "No caso de Honduras, tive uma conversa com Celso Amorim e disse-lhe que o Brasil não tem motivo de repensar nada". Lula acresceu que o "Brasil vai manter sua posição, porque não é possível aceitar um golpe".
Para o Departamento de Estado norte-americano, por outro lado, a eleição foi a melhor forma de superar a crise, representando um importante avanço. "A participação dos eleitores parece ter excedido a das últimas eleições presidenciais, o que demonstra que, tendo a oportunidade de se expressar, o povo hondurenho encarou a eleição como uma contribuição importante à solução da crise política no país", afirmou o porta-voz Ian Kelly.
Posição europeia
A Comissão Europeia expressou sua satisfação pelo fato de as eleições terem transcorrido "sem incidentes violentos". "Agora é importante que as partes interessadas intensifiquem seu trabalho para chegar a uma verdadeira reconciliação nacional", afirmou um porta-voz da Comissão nesta segunda-feira, em Bruxelas.
A França, por outro lado, lamentou que a eleição não tenha se realizada num contexto de "ordem constitucional que garanta legitimidade incontestável". A posição da Espanha, que condenou o golpe de Estado em junho, é de não reconhecer as eleições, mesmo admitindo que elas representam um passo no sentido de resolver a crise política.
"A ruptura institucional agora tem outros protagonistas", comentou o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, na cúpula de Lisboa. Em Portugal, Zapatero apelou por um "grande consenso nacional" como saída para a situação de Honduras.
CA/lusa/dpa/rtrs

Revisão: Simone Lopes

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4952477,00.html



DW-WORLD.DE
DW-WORLD: Eleições em Honduras: retorno à democracia ou legitimação do golpe?
Para algumas organizações internacionais, as eleições em Honduras são uma forma de legitimar o golpe de Estado no país. Porém, outros especialistas veem nelas uma chance de retomar o caminho da democracia. (27.11.2009)
DW-WORLD: Zelaya saiu perdedor do acordo com Micheletti, diz especialista alemão
Após meses de crise, presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e presidente interino Roberto Micheletti chegam a acordo para solução do conflito. Especialista alemão diz que Zelaya não saiu ganhador. (30.10.2009)
DW-WORLD: Abrigo a Zelaya não deve ser instrumentalizado, diz senador
Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, fala à Deutsche Welle sobre abrigo do presidente hondurenho deposto na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. (24.09.2009)
Áudios e vídeos sobre o tema
Video: Honduras tem um novo presidente (em alemão)

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