quinta-feira, 26 de novembro de 2009

HONDURAS – SÃO DOIS GOLPES:CERVEJARIA OU “TRAMBIQUETERIA” CASA BRANCA?






CERVEJARIA OU “TRAMBIQUETERIA” CASA BRANCA?



HONDURAS – SÃO DOIS GOLPES

Laerte Braga





O maior embuste dos últimos tempos é o branco Barack Obama. Pintou-se de negro, tentou encarnar o que negro significa luta por um mundo alternativo e mostra-se branco impiedoso, capataz ou até capitão do mato, mesmo quando perdoa o peru Coragem, uma das muitas hipocrisias da cervejaria (ou trambiqueteria?). Casa Branca.



Al Capone usava agências funerárias com funérios agentes prestimosos e aquele cabelo típico de pastinha e glostora nos pêsames e “por favor acompanhe-me até o lugar do velório. Ele era uma pessoa distinta”.



Por trás das cortinas jogos, fartas mesas de roleta todas viciadas, bebida falsificada servida em xícaras, muitas go go girls e atrações ímpares para os muito vivos, muito espertos, ou nem tanto.






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Universitários hondurenhos protestando contra o golpe e a farsa eleitoral. Foto de Ronnie Huete. Não vai sair na GLOBO



Um desses trambiqueiros disfarçado de cervejeiro (a indústria de cerveja dos EUA está em crise) desembarcou em Honduras com passaporte diplomático, mandato do presidente (dizem né) Barack Obama para buscar um acordo, celebrar esse acordo e restaurar a legalidade democrática, ou seja, a volta do presidente Manoel Ze laya ao governo.



Anda para lá, anda para cá, compenetrado, reúne as partes, convoca a imprensa, dá conta da preocupação de Obama com a democracia (isso enquanto Obama anuncia mais 40 mil homens para “completar o serviço no Afeganistão”), serve rodadas de cerveja, anuncia o acordo, democracia restaurada e vai embora, no melhor estilo pilantra, sabendo que tudo iria continuar como dantes no quartel de Obama (tem uma base por lá especialista em treinar militares golpistas para toda a América Latina) e empurra com a barriga até que, domingo, “democraticamente”, os hondurenhos escolham um novo presidente. Mas, sempre o mas, desde que a turma do Ze laya não possa participar das eleições.



ONU e OEA recebem caixas de cachos de bananas produzidas em Honduras a guisa de presente.



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FOTO 2
Quem pensa que arcebispo tucano só existe em Mariana se engana. Em Honduras o cardeal apóia os militares. Estudantes, trabalhadores protestam contra supostos líderes religiosos. Pilantras do esquadrão de Bento XVI, assim como o cardeal (já falecido) que apareceu todo sorridente ao lado de golpistas fracassados em 2002 na Venezuela. E depois não conseguem entender Edir Macedo. Esse pelo menos é assumido, não engana ninguém.



Roberto Michelleti, dublê de deputado, latifundiário, traficante de drogas (escalão intermediário), capataz de banqueiros, grandes bananeiros e pistoleiro dos EUA deita e rola no golpe (com duplo sentido) dado no povo hondurenho, em toda a América Latina , porta aberta para ações golpistas da cervejaria/trambiqueteria Casa Branca e outros golpes (ou tentativas) noutras plagas, de preferência Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Paraguai, El Salvador e salvadores tipo José Jânio Serra ou viajantes espaciais em pós mágicos tipo Aécio (protegido do arcebispo tucano de Mariana), tudo enquanto “os nossos rapazes limpam o Afeganistão”.



Aposto o que não tenho como a senadora Kátia Abreu, latifundiária, pilantra no “negócio” de terras no Brasil, corrupta absoluta vai ser convidada para a posse do novo “presidente”. Tipo festa que os ilustres presentes têm que ficar o tempo todo segurando a carteira.



“Quem quer dinheiro?” Sílvio Santos pelo menos dá uma nota de cinqüenta, enquanto puxa milhões, mas Bonner pergunta quem quer “bom dia” e propaga toda essa mentirada “democrática” Brasil afora. Deve ser por isso que 55% das televisões na capital paulista (condado controlado pelo grupo FIESP/DASLU/PSDB/DEM) ficam desligadas no horário dito nobre. Nem os fantasmas de condes e marqueses suportam a telinha.



As eleições em Honduras, domingo 29 serão pura farsa para legitimar os “negócios”.



Toda essa fúria cretina de Roberto Michelleti, seja ofendendo o governo brasileiro, o secretário geral da OEA (esse trem vale alguma coisa?) é garantida pelo cervejeiro/trambiqueiro da Casa Branca, o tal que perdoou o peru Coragem e pediu ajuda divina para evitar que continuem as chacinas que vitimam norte-americanos, por mãos norte-americanas, no imenso deserto de vida que se transforma os EUA por conta de outro deserto maior, o capitalismo e seu infalível american way life.







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Perfil dos “libertadores” de Honduras





Sou mais, ou continuo sendo mais, aquela foto de Norma Jean, conhecida como Marilyn Monroe, com o vento fazendo a festa dos calendários nas oficinas mecânicas.



A eleição de um fantoche, qualquer que seja, não significa e nem pode significar o fim da luta pela refundação do país. Honduras. Ela é maior que Ze laya e não se esgota no fim do mandato de Ze laya deposto por um general que quando major se dedicava a chefiar quadrilha de ladrões de automóveis de luxo.



Suprema Corte apoiando o golpe? É o modelo Gilmar Mendes se espalhando por toda a América Latina. O Congresso não decidindo coisa alguma? O esquema Eduardo Azeredo, Artur Virgílio, Tasso Jereissati e vai por aí afora.



Foram dois golpes em Honduras e contra o povo hondurenho. O primeiro dado em julho por militares subordinados aos EUA (boa parte das forças armadas latino-americanas treme, historicamente, diante da bandeira dos EUA e costuma cair de joelhos) na tentativa de evitar que o povo se manifestasse num referendo sobre se desejava mudanças ou não na constituição. Como são donos do país derrubaram o presidente e instalaram o regime de terror das torturas, prisões indiscriminadas, roubo de dinheiro público, estupros de mulheres, o de sempre.



O segundo, o tal “acordo” celebrado pelo enviado do cervejeiro/trambiqueiro para restabelecer a “democracia” desde que ficasse tudo do mesmo tamanho e pronto.



Não há como reconhecer eleições fraudadas por antecipação. Em 2002, em agosto, quatro meses após a tentativa de golpe contra Chávez, um referendo manteve o presidente no poder pela vontade de seu povo. Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, um dos observadores internacionais admitiu publicamente que os venezuelanos queriam Chávez.



Não querem correr esse tipo de risco em Honduras e em mais lugar algum.



Foi por isso que quando os japoneses pediram a retirada da base militar (com armamentos nucleares) de Okinawa, ouviram do cervejeiro/trambiqueiro que não poderia atender aquele pedido, pois é o responsável pela “segurança do Japão”.



Como se vê a luta transcende a Honduras. Estende-se a todos os povos do mundo. E não se esgota em eleições, tampouco se luta por eleições como fim.



O domingo em Honduras é uma espécie de baile de máscaras, mas Obama, mesmo não sendo eleitor, é o principal ator dessa ópera bufa e sua máscara já caiu desde os primeiros dias. Branquelo com chapéu de texano.



Tudo com direito a “quem quer um bom dia” na segunda-feira. É só ir lá e responder “eu”.



O bispo tucano de Mariana abençoa e garante santinho de Aécio mágico e milagroso.



Em Honduras Urgente (www.hondurasurgente.blogspot.com) a prova indesmentível que o golpe foi armado em Washington.

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