Sobre as indagações de legitimidade da embaixada Brasileira:
. Considerando-se que o Brasil não reconheceu o novo governo hondurenho, que esse é o governo daquele país - ao menos "de facto"-, e que o presidente deposto quer voltar ao poder, pergunto:
A "recepção" do Zelaya na embaixada brasileira não implica fazer da nossa representação diplomática uma "cabeça-de-ponte" para eventual contra-golpe?
Seria essa medida indispensável para fazer prevalecer o princípio democrático nas relações internacionais?
Seria esse o papel de uma diplomacia pautada pelo princípio da não-intervenção?
.
Eu tenho as seguintes observações:
O Brasil não está interferindo nas relações internas de Honduras porque se presta a amparar o estado de direito constitucional desse país a pedido de seu seu presidente eleito democraticamente e considerado legitimo.
Vejamos que o Brasil não interrompeu nem questionou essa legitimidade em hipotese alguma, muito pelo contrario. A escolha foi feita pelo presidente eleito para que o Brasil servisse de intermediario, de propiciador, de garantidor do restabelecimento do diálogo e do estado de direito.
Vejamos que a escolha e a ação partiram do proprio presidente e não do Brasil. Ou seja, o territorio nacional brasileiro está servindo de garantia à restituição da legitimidade e da justiça pelo estado de direito, reconhecidos e exigidos pelo presidente desse país.
Ao meu ver, uma negação dessa vontade é que poderia ser considerada interferencia porque nesse caso estaria assistindo na negação, na deterioração de algo real, inteiro, inviolavel, válido e aceito pela comunidade internacional para converte-lo em algo ficticio, deturpado, fraccionado, diminuido, e alterado negativamente como foi e tem sido o golpe de estado com os cortes dos direitos civis e politicos de individuos, agravados por abusos dos direitos humanos da cidadania.
Portanto não se trata de "interferencia" no sentido que comumente se usa e estamos acostumados a interpretar.
Marcos Rebello, consultor politico , membro da comunidade diplomatica - USA
E agora pergunto eu ( Nanda Tardin):
A ONU :?
Como será dada as punições aos golpistas e como os golpistas vão dar conta dos mortos, torturados e desaparecidos , assim como os crimes de lesa humanidade cometidos nesses 81 dias de GOLPE e DITADURA em Honduras
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