quinta-feira, 23 de julho de 2009

Em Solidariedade ao povo Hondurenho

Terça-feira, 30 de Junho de 2009
O REBATEhttp://acangatu.blogspot.com/2009/06/em-solidariedade-ao-povo-hondurenho-o.html

Em solidariedade ao povo hondurenho: o golpe de Estado em Honduras é civil-militar
(*) William Wollinger Brenuvida

O golpe civil-militar que depôs o presidente hondurenho Manuel Zelaya Rosales abala os alicerces da Democracia no continente americano. Zelaya acusa a elite de seu país de complô e utilização do braço armado do Estado. Os militares afirmam que apenas agiram em defesa da Constituição. Zelaya convocou os hondurenhos para decidirem, em plebiscito, uma mudança na constituição que permitiria a reeleição. Manifestantes partidários de Zelaya entraram em confronto com militares.

A América Latina sempre foi palco de uma disputa por suas riquezas e exploração de sua gente. As violações aos direitos humanos, a interferência de grandes potências, e a dependência econômica sempre foram fatores que impediram o desenvolvimento da região. A diferença desse golpe em relação aos anteriores, não apenas em Honduras, é que não houve apoio e financiamento dos Estados Unidos. A pressão internacional, inclusive dos EUA, pede que o Estado de Direito seja respeitado, e que, Zelaya retorne ao poder.

Honduras é um pequeno país da América Central que faz fronteira com a Nicarágua, El Salvador, e Guatemala. Tem um passado de violências desde que Colombo o visitou em 1502. Os Maias resistiram, mas foram trucidados pelos arcabuzes e canhões, doenças e interferências culturais. Os que restaram se misturam aos negros e espanhóis e enxergaram impérios diversos, caudilhos e movimentos da esquerda armada. A deposição de Zelaya tem um pouco do ressentimento dos militares pelas tentativas pacifistas do governo de José Azcona Hoyo na década de 1980.

O governo brasileiro repudia o golpe militar e não reconhece aquele governo. O Brasil tem, portanto, suas relações cortadas com Honduras até que Zelaya, que está exilado na Nicarágua, retorne a presidência. As organizações internacionais devem tomar medidas urgentes para coibir abusos. Toda ditadura traz um rastro de sangue e dor: confrontos, prisões ilegais, torturas, assassinatos, genocídios, também exílios, e expulsões.

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(*) Escritor-poeta. Bacharel em Direito. Acadêmico de Jornalismo.
(**) Fotografia: Tegucigalpa (Honduras) - Presidente de Honduras, Zelaya Rosales, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao desembarcar, Lula ressaltou a importância da primeira vista de um presidente brasileiro ao país. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Marcadores: Brasil, Democracia, Honduras, plebiscito, torturas, Zelaya


Postado por William Wollinger Brenuvida às 10:59

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